Catadores de Recicláveis e o papel social do condomínio!!!
22/06/2022
Olha só que legal!!!
Nos pediram mais conteúdo e mais textos orientativos sobre a reciclagem e a separação de resíduos no condomínio e enquanto montamos algo para atender este pedido especial, repostamos o artigo de junho de 2020 com a histórinha do seu Geraldo sobre o lado social e humano que envolve o descarte de resíduos dentro de um condomínio e o impacto que tem nas pessoas que vivem daquilo que chamamos de lixo.
Boa leitura!!!
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Era 5 horas da manhã quando seu Geraldo saiu do condomínio.
Cumpria o ritual de sempre, mas agora com mais cuidado devido a Pandemia.
Saia cedo a caminho da casa dos seus pais e mesmo tentando manter o distanciamento, levava sempre algo pra que tivessem um motivo pra se verem mesmo que com 2 metros de distância como determina as orientações sanitárias.
Mas que, naquele dia em especial, despertou em seu Geraldo um interesse maior pela questão da separação do ´´lixo`` em seu condomínio. Viu que naquela madrugada uma família toda que estava ao redor dos containers de lixo e material reciclável procurando o que levariam dali que tivesse valor para seu sustento.
Foi... seguiu para seu compromisso mas levou consigo o pensamento de como ele e a lei e o condomínio poderiam ajudar aquelas pessoas.
Sabia da lei e foi um dos entusiastas quando da sua publicação, pois acredita que ajudaria cidades, empresas e até alcançaria os mais necessitados como os catadores, a lei 12.305/ 2010, a PNRS, ou a Lei Nacional de Resíduos Sólidos.
Fez tudo certo na época pois em outro tempo já tinha sido síndico do seu condomínio e produziu plaquinhas, fez comunicados, separou os containers, treinou os funcionários para que pudessem fazer e fiscalizar a separação dos resíduos da área comum e colocou lixeiras identificadas pra educar o morador.
Mas faltava alguma coisa... Por que o morador não faz? Perguntava-se inconformado.
Seu Geraldo pensou também na família de catadores, duas crianças estavam com os pais ali na madrugada e a simplicidade da mascarazinha de proteção das crianças deixou-lhe o coração apertado e um nó na garganta.
Acabou que outros pensamentos vieram durante o trajeto e lhe aliviaram a sensibilidade aflorada e liberada na cena que viu da família de catadores, mas levou consigo um sentimento desconfortável pois sabia que algo mais teria que ser feito.
Traçou um plano simples de ver e conhecer quem são os catadores ao entorno do condomínio e entender um pouco mais do valor dos materiais que coletam.
Pensou com ele, - em tempos de Pandemia as pessoas estão mais sensíveis e devem responder bem, vou informar quem são os catadores e o que eles precisam de material e aproveitamos pra ajudar com donativos coletados entre nós moradores. Quem sabe.
E concluiu sozinho no íntimo de seu pensamento: - é um começo!!!!
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